No início da pandemia da COVID19, devido ao crescimento exponencial de casos no mundo, o pouquíssimo conhecimento sobre o vírus, e a constatação de que a maioria das crianças era assintomática, acreditou-se realmente que eram elas o grande foco de disseminação. Hoje, com o mundo vivendo uma segunda onda da doença, já há inúmeros estudos sérios mostrando que, justamente por serem assintomáticas ou pouco sintomáticas, as crianças transmitem ou eliminam menos o vírus do que os adultos. Em todos os países, desenvolvidos e subdesenvolvidos, onde escolas foram mantidas abertas, não houve aumento do número de casos da doença em comparação com outros locais. Ou seja, houve obviamente casos confirmados, como em toda a população mundial. As crianças e funcionários de escolas com medidas de segurança não adoeceram mais do que as demais pessoas que frequentavam outros locais. Na realidade, a constatação é de que as crianças se infectam muito mais pelos adultos do que o inverso. E ainda assim adoecem muito menos. Há, sim, casos graves pediátricos, porém raros, geralmente em crianças de grupos de risco que, como todas as pessoas desse grupo, devem ser protegidos com mais atenção. Logo, não descuidemos de nossas crianças, mas não tenhamos medo delas!