São termos que podem trazer confusão no momento do diagnóstico.
Aqui o foco é apenas diferenciar entre eles.
Falarei mais detalhadamente da meningite e da encefalite em outros artigos.
Meningite
Inflamação das meninges – membranas que recobrem o sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal). Os sinais clínicos são: rigidez de nuca, cefaléia, febre e outros sinais vistos ao exame físico como sinais de Kernig e Brudzinski. Geralmente causada por uma infecção, que pode ser bacteriana, viral ou fúngica. No caso de meningite bacteriana, há necessidade de isolamento respiratório e de contato nas primeiras 24 horas de antibioticoterapia, pelo risco de contágio.
Encefalite
Trata-se de um processo inflamatório acometendo o encéfalo. Por encéfalo entende-se cérebro e cerebelo. As manifestações clínicas da encefalite podem ser convulsões, ataxia (alteração do equilíbrio) , alteração do nível de consciência (sonolência, agitação psicomotora, alternância entre sonolência e vigilância), confusão mental, entre outras. Não é necessário isolamento respiratório. As causas podem ser: infecciosa (a mais comum é viral, e dentre as virais, por Herpes Vírus, porém também há relatos de encefalite por citomegalovírus, arbovírus – dengue e zika, principalmente- e enterovírus, mas também pode ser bacteriana ou fúngica), autoimune, pós-vacinal (influenza, febre amarela)
Meningoencefalite
Trata-se da inflamação concomitante das meninges e do encéfalo, unindo sinais e sintomas de ambos: rigidez de nuca, sonolência e crises convulsivas, por exemplo. As causas são as mesmas tanto da meningite como da encefalite. No caso da etiologia bacteriana, há necessidade de isolamento respiratório da mesma forma que na meningite simples.